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terça-feira, 10 de novembro de 2015

A Conversão de Simão Pedro

Estaria eu realmente convertido ao evangelho de Jesus Cristo?

A pergunta feita acima e o discurso "clássico" detalhado abaixo, possivelmente nos levarão a boas reflexões a respeito do nível de nossa conversão a Jesus Cristo e a todas as coisas relacionadas a seu evangelho. Trata-se de uma mensagem que recebi quando me preparava para sair em missão e que há tempos tenho guardado na minha pasta de coleção de "Clássicos do Evangelho" e compartilho com vocês neste instante:

A CONVERSÃO DE SIMÃO PEDRO – APÓSTOLO DE JESUS CRISTO.

Jesus e seus apóstolos prepararam-se para sair do cenáculo onde haviam comido “a última páscoa, a santa ceia” e onde Ele tinha Instituído o sacramento entre eles. Ele, também, tinha lavado os pés de cada apóstolo, e deu-lhes sua mensagem e instruções finais. Para concluir, Ele orou ao Pai, e todos cantaram um hino juntos. Agora, estavam prontos para saírem do cenáculo e ir ao Monte das Oliveiras. (Mateus 26:17-30, Marcos 14:23-26, e João cap. 13-17).

Ao saírem do cenáculo, Jesus chamou Pedro ao lado e disse-lhe: “Simão, Simão, eis que Satanás te pediu para te cirandar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos”.(Lucas 22:31-32) em inglês e em espanhol, o texto desta escritura é “fortaleça teus irmãos” em vez de “confirma”.

Pedro ficou surpreso ao ouvir estas palavras, e prontamente respondeu: “Senhor, estou pronto para ir contigo até a prisão e a morte”. (Lucas 22:33) será que Pedro não compreendeu o que Jesus havia dito? O que foi que Jesus queria dizer quando ele falou a frase: “quando te converteres” a Pedro? Por que teria Jesus falado estas palavras a ele? Não foi Pedro um apóstolo do Senhor? E não tinha ele passado quase todos os dias dos últimos três anos com Cristo? Mas, ainda as palavras foram ditas; e nós, tanto como Pedro devemos procurar entendê-las corretamente.

As palavras “converso, convertido, e conversão” São muito usadas, mas pouco compreendidas, no mundo religioso hoje em dia. Pedro, também conhecia estes termos ele estava tão seguro de que já estava convertido, que ofereceu sua própria vida como evidência de sua própria conversão. Porém, Jesus havia falado de uma conversão ainda futura. É certo que Pedro havia tido experiências maravilhosas, e era um apóstolo do Senhor muito devotado. Mas um estudo cuidadoso de sua vida, tanto antes como depois daquela conversa com Jesus ao sair do cenáculo, poderá nos dá um entendimento mais claro da conversão verdadeira.

Pedro estava intimamente associado com Jesus desde o início de seu ministério. (Mateus 4:18-20, Marcos 1:16- 17 e Lucas 5: 2-11.) Ele e seu irmão, André foram os primeiros dos discípulos a serem convidados por Jesus para segui-lo. Mais tarde ele foi o primeiro a ser ordenado um apóstolo. (Marcos 3:14-16 e Mateus 10:2-4.) Antes de ser ordenado, Pedro hospedou Jesus em sua casa em Capernaum, e lá assistiu a cura milagrosa de sua sogra. (Marcos 1:29-31 e Mateus 8:14-15.) Ele foi uma de apenas, três pessoas permitidas pelo Mestre a estar presente quando Ele levantou dos mortos a filha de Jairo.(Marcos 5:22-24,37-43.) Foi Pedro que teve a coragem de andar sobre as águas.(Mateus 14: 28-29.) Foi Pedro, com Tiago e João, que subiu um monte alto e lá presenciou a transfiguração do Senhor, viu Moisés e Elias e ouviu a voz do Pai Eterno testificando do Seu Filho.(Marcos 9:2-7, Mateus 17:1-6 e Lucas 9:28-35.)

Somente uma semana antes daquela experiência maravilhosa, Pedro, respondendo por todos os apóstolos ali reunidos, testificou da divindade de Cristo com palavras que tocarão para sempre os corações dos verdadeiros seguidores de Cristo. Jesus havia perguntado: “E vós quem dizeis que eu sou?” Pedro prontamente e ousadamente declarou: “Tu és o Cristo, O Filho de Deus Vivo”. E Jesus lhe respondeu: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus”. Tendo dito isso, Jesus prometeu a Pedro que lhe daria “as chaves do reino dos céus”, com poder para ligar na terra e nos céus. (Mateus 16:15-20.)

Sim, Pedro estava com Jesus durante o Seu ministério aqui na terra. Ele pregou o evangelho e testificou da veracidade dos ensinamentos que havia aprendido. Ele presenciou milagres, teve visões, viveu diariamente com Cristo, e sentiu o poder do Pai Eterno testificando pessoalmente a ele. Ele sabia que Jesus era “o Cristo, o Filho de Deus Vivo”. Mas, depois de todas estas experiências maravilhosas, o desafio veio dos lábios do próprio Cristo, “Quando te converteres, (fortaleça) teus irmãos”.

Durante os anos do ministério de Cristo, Ele pacientemente ensinava e guiava Pedro como um pai faria com o seu filho. Pedro amou o seu Senhor e se esforçava constantemente para conhecer e fazer a vontade Dele. (Mateus 18:21-22; Marcos 9:5-6; João 13:24, 36-37; Mateus 17:24-27 e Marcos 13:3-4). Mas ainda, apesar disso, Satanás desejou tê-lo. A Pedro faltou-lhe firmeza e às vezes não se mostrou digno de confiança. Em outras ocasiões foi lento em compreender os ensinamentos do Senhor. Pedro era um homem orgulhoso e tinha que aprender muito sobre humildade. (João 13:6-9 e I Cor. 10:12). Numa ocasião ele foi repreendido pelo Senhor com estas palavras: “Para trás de mim, Satanás: que me serves de escândalo: porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens”.(Mateus 16:22-23. Veja também, João 18:10-11).

No Getsêmani, Pedro dormiu enquanto Jesus se ajoelhava no jardim, orando por ele, suando sangue por ele, e preparando-se para morrer, também, por ele. (Marcos 14:33-42; Mateus 26:36-46 e Lucas 22:39-46).

Foi este Pedro, cheio de fé, e ao mesmo tempo necessitando de fé, a quem Jesus falou: “Eis que Satanás te pediu para te cirandar como trigo, mas eu roguei por ti”. Foi este Pedro, impulsivo e seguro, que respondeu: "Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu". E quando Jesus o avisou que naquela mesma noite que Pedro O negaria três vezes, este respondeu veementemente: "Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei". (Marcos 14:29-31). Foi a este Pedro que Jesus dirigiu as palavras, "Quando te converteres, (fortaleça) teus irmãos".

Conversão, portanto, é algo mais do que ter um testemunho absoluto de que Jesus é o Cristo. Conversão, pois, é a “poderosa mudança” de coração e da vida de uma pessoa, do qual Alma falou. (Alma 5:14). Conversão não é apenas se comprometer em fazer algo pelo Senhor, e nem é se oferecer a morrer pela causa Dele. Não é presenciar ou fazer milagres. Não é apenas saber que Jesus é o Cristo e nem ouvir a voz do Pai Celestial testificando do Filho. Talvez o justo Rei Benjamim descreveu melhor quando ele declarou que o homem natural “é inimigo de Deus”. E a não ser que ceda ao influxo do Espírito Santo, se despoje do homem natural, tornando-se santo pela expiação de Cristo, o Senhor, chegando a ser como criança, submisso, manso, humilde, paciente, cheio de amor e disposto a se submeter a tudo quanto o Senhor achar que lhe deve infligir, assim como uma criança se submete a seu pai “. (Mosias 3:19)”.

Veja bem o que o inspirado Rei Benjamim disse que devemos todos fazer:

1. Cedermos ao influxo do Espírito Santo;

2. Despojarmos do homem natural;

3. Tornarmos santos pela expiação de Cristo;

4. Sermos submissos, mansos, humildes, pacientes e cheio de amor;

5. Submetermos a vontade do Senhor em todas as coisas.

Pedro estava presente quando os sumo-sacerdotes dos judeus começaram o julgamento de Cristo, e lá falou aquelas palavras famosas negando o Mestre, assim cumprindo a profecia que Jesus havia feito apenas poucas horas antes. (Lucas 22:54-55, Marcos 14:66-72 e Mateus 26:37- 45).

Ele se enfureceu quando as pessoas ao seu redor insistiram que ele também estava de alguma maneira associado com Cristo. Quando foi dito pela terceira vez que ele era um dos que estavam com Jesus e que era um galileu, Pedro “começou a imprecar, e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem de quem falais”. (Marcos 14:71). Naquele momento Pedro havia caído tanto que ele não somente negou o conhecimento de Cristo, mas o negou com um juramento diabólico. Naquele mesmo momento Jesus virou-se e “olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito:... e saindo para fora, chorou amargamente”. (Lucas 22:61-62).


Ó, quão amargas àquelas lágrimas! E quão profunda a dor no coração. Como poderia ele explicar se encontrasse novamente na presença de seu Mestre? Não tinha ele prometido sua vida? Mas agora, na própria presença do Senhor, ele havia negado até o conhecimento Dele.

Não somos todos nós muito semelhantes a Pedro? Quantas vezes temos feito promessas ao Senhor e não cumprimos? Quantas vezes temos nos sentido envergonhados de rogar por mais bênçãos, não tendo cumprido nossas promessas de fazermos melhor? Quantas vezes temos chorado lágrimas amargas por termos falhado novamente?

Pedro não presenciou a crucificação de Cristo. É provável que se escondeu de vergonha. Foi a um Pedro muito arrependido que Maria trouxe a notícia do Senhor ressuscitado. Com João, ele correu ao sepulcro onde o corpo de Jesus havia sido colocado. Entrando e abaixando-se, viu os lençóis que haviam sido usados para cobrir o corpo do Senhor, e retirando-se, ponderou o que havia acontecido. (João 20:1-10, Lucas 24:12). Sem dúvidas, ele pensava: Será que um dia eu O verei novamente? Onde será que Ele está agora? E, se eu O encontrar novamente, como é que posso explicar o que fiz?

Antes de sua aparição aos outros apóstolos reunidos, O Senhor ressurreto apareceu a Pedro e conversou com ele numa entrevista pessoal. (Lucas 24:34; I Cor. 15:5). O que aconteceu naquela entrevista não sabemos. Quando Jesus apareceu ao grupo naquela noite, Ele disse-lhes: “Paz seja convosco”. E depois de mostrar-lhes Suas mãos e Seu lado, disse-lhes mais: “Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós”. Tendo dito isso, ele os abençoou e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo”. (João 20:19-22, Lucas 24:36-42).

Eles foram enviados ao mundo para pregar o evangelho e anunciar a ressurreição, e o Espírito Santo os guiaria. Através do Espírito Santo, seriam instruídos em todas as coisas, e tudo que haviam aprendido de Jesus seria lembrado. (João 14:26).

Oito dias depois, Jesus apareceu a eles pela segunda vez e revisou novamente seus chamados e suas responsabilidades. (João 20:26). Durante a semana entre as duas visitas, os apóstolos ficaram escondidos dos judeus. Eles preocupavam-se por suas próprias vidas e também temiam que seriam perseguidos e mortos assim como havia acontecido com Jesus.

Um dia, tarde da noite, neste clima de medo e tensão, Pedro disse a seis de seus irmãos, “vou pescar”. E os outros responderam: “Também nós vamos contigo”. (João 21:2-3). Assim, todos os sete saíram na escuridão para pescar durante a noite inteira. Essa foi a primeira vez desde seu chamado para seguir Jesus que Pedro tinha se submetido à tentação de voltar à sua vida como um pescador. Como deve ter se sentido bem em pegar a rede novamente, boiar no barco longe da cidade, olhar as estrelas e pensar em algo diferente. Como o coração dele quisera ficar livre das responsabilidades pesadas e das preocupações inevitáveis que o ministério traria em sua vida. É provável que ele nem se importou com o fato de que não apanharam nenhum peixe naquela noite.

Ao aproximarem-se da praia pela manhã seguinte, eles ouviram o som de uma voz penetrando o silêncio. “Filhos tendes alguma coisa de comer?” a voz perguntou. Eles responderam-lhe: “Não!” E foi lhes dito: “Lançai a rede para a banda direita do barco, e achareis”. Eles obedeceram, e apanharam tantos peixes que não podiam tirar a rede da água. João, reconhecendo que era Jesus quem havia falado da praia, disse a Pedro: “É o Senhor”. Ouvindo isso, e querendo com todo o seu coração não mais ofender o seu Senhor, Pedro ‘cingiu-se com uma túnica “. Lançou-se na água, e foi à praia, deixando que seus companheiros trouxessem o barco com a rede cheia de peixes. Quando Jesus pediu que trouxessem os peixes que tinham apanhado, Pedro saltou de pé, correu ao barco e puxou a rede, sem esperar ajuda dos seus companheiros. (João 21:3-11. Compare com Lucas 5:2-11)”.

Jesus já havia preparado uma refeição de peixe e pão, e os discípulos foram convidados a jantar. (ver João 21:12-14). Enquanto eles comiam, todos ficaram quietos. Nenhum deles ousavam perguntar ao Senhor a respeito de sua visita. Pedro, talvez mais do que qualquer outro, deve ter sentido um pouco envergonhado em estar lá. Ele queria muito fazer algo pelo Senhor, porém Jesus havia explicado a ele, um pescador, como apanhar peixe. E ainda mais, o Senhor tinha lhe preparado uma refeição. Pedro tinha se esforçado muito para recompensar o seu terrível erro. Será que o Senhor o acharia em erro de novo? Pedro ficou pensando, e logo sua resposta veio.

Acabando de comer, Jesus ficou em pé começou a andar em direção à rede de peixes. Pedro ligeiramente o seguiu. Apontando aos peixes, e talvez pegando um ou dois deles em suas mãos, Jesus virou-se a Pedro e perguntou-lhe: “Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?”. (João 21:15).

Como aquela pergunta deve ter afligindo Pedro! Amas-me, Pedro, mais do que estes peixes? O Senhor estava realmente dizendo: Uma vez eu te chamei, Pedro, e naquela hora você respondeu, se levantou imediatamente, e deixou tudo que tinha, e me seguiu. Mas agora tem voltado a sua vida anterior novamente.

Está sentindo saudades de sua vida anterior? Está desejando em seu coração uma vida mais livre, Pedro? Tendo me dado sua promessa para consagrar sua vida à mim, para pregar o evangelho e pescar as almas de homens, vai quebrar sua promessa e retornar a ser um simples pescador de peixes? Está se afastando de mim, Pedro? Ou ainda me ama, mais do que estes peixes? Tem que decidir agora, Pedro. É por esta razão que Eu estou aqui.

Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Ele tinha cometido erros. Certamente não era um homem perfeito, mas ainda amava O Seu Senhor. Certamente, Jesus sabia disso. Entretanto, mais uma vez a pergunta veio deste mesmo Jesus. Provavelmente deixando os peixes, e agora olhando bem nos olhos de Pedro, O Senhor perguntou simplesmente: “Simão, filho de Jonas, amas-me?”. (João 21:16). O Senhor estava dizendo: Pensa profundamente sobre esta questão, Pedro. Eu não quero uma resposta automática. Eu quero que você me diga o que está realmente dentro do seu coração. Faltando palavras mais impressionantes, e querendo com todo o seu coração indicar o profundo amor que ele sentia pelo Senhor, Pedro mais uma vez respondeu com palavras simples e sinceras, dizendo: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”.

Mas ainda a pergunta veio pela terceira vez. Eu imagino que naquele momento, Jesus provavelmente colocou Suas mãos nos ombros de Pedro, puxou-o ainda mais perto de si e fitando-lhe diretamente em seus olhos Jesus perguntou-lhe mais uma vez: “Simão, filho de Jonas, amas-me?”. Foi como se O Senhor tivesse perguntado: Amas-me, Pedro, como eu te amo? Tenho dado minha vida por ti, Pedro, por que eu te amo. Amas-me a ponto de dar sua vida a mim?

João diz no versículo 17 que Pedro “entristeceu-se”. Como poderia ele dar uma resposta mais clara? Como poderia provar seu amor por Jesus?

Com lágrimas caindo do rosto, com lábios trêmulos, e com uma voz cheia de emoção, Pedro novamente chamou Jesus para ser sua própria testemunha, dizendo: “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”. (João 21:17).

Jesus aceitou esta resposta de Pedro, e novamente o mandou cuidar e apascentar suas ovelhas. E depois de profetizar a morte de Pedro em conseqüência de seu serviço ao Senhor, Jesus novamente disse-lhe: “Segue-me”. (João 21:18-19). Agora Pedro bem sabia o que este mandamento significava. O Senhor havia dito antes: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada”. (João 14:23). Pedro havia dado uma grande promessa, e apesar de ter tropeçado e falhado algumas vezes, daquele ponto em diante ele seria fiel e firme até a morte. Ele apascentaria o rebanho do Senhor e fortaleceria seus irmãos, assim como O Senhor o havia mandado.

Estude a história de Pedro como está apresentada no Novo Testamento, mostrando todas as virtudes e qualidades fortes que se acham entre os santos, como também muitas das fraquezas e falhas, mas quem não pode dizer que às vezes seja necessário uma pessoa cair e sofrer antes que ela deixe o poder de Deus ter lugar na vida dela. Muitas vezes, aquilo que não conseguimos aprender por meio dos ensinamentos e conselhos dos outros, temos que aprender através de nossos sofrimentos. Sem dúvida, foi permitido a Pedro cair por um Deus carinhoso que sabia que através daquela experiência, um poder ainda maior viria a Pedro e se manifestaria no ministério dele para a bênção da Igreja e do mundo.

Logo após a ascensão de Jesus, Pedro dirigiu a reunião dos apóstolos quando Matias foi escolhido para tomar o lugar de Judas no quórum dos doze apóstolos. (Atos 1:15, 21-26). Quando o Espírito Santo veio sobre os apóstolos, e foram acusados de estarem bêbados de vinho, Pedro ficou em pé no meio da multidão que havia se reunido e pregou o evangelho com tanta força e poder que 3.000 almas se batizaram na Igreja. (Atos 2:1-41).

Na semana seguinte, quando ele e João estavam no templo, encontraram um homem paralítico que pedia esmolas. Tendo algo de valor muito maior, Pedro curou o homem, com a poderosa declaração: “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E tomando-o pela mão direita, o levantou”. O homem pôs-se em pé e começou a louvar a Deus, e logo uma grande multidão se reuniu para vê-lo e para maravilhar-se com o milagre que havia ocorrido. Pedro novamente se levantou e pregou à multidão, e mais 5.000 homens filiaram-se a Igreja. (Atos 3:1- 19, 4:4).

Ele e João foram encerrados na prisão, e logo líderes e sacerdotes dos judeus vieram para interrogá-los. Incluído no grupo estava Caifás, o sumo sacerdote que havia presidido sobre o ilegal e escandaloso julgamento de Cristo, e seu sogro, Anas, o sumo sacerdote anterior. Foi justamente na casa de Caifás que Pedro havia negado O Senhor três vezes. (João 18:13-24; Lucas 22:54; Marcos 14:53-55; Mateus 26:57-68). Agora, eles vieram interrogá-los sobre a cura milagrosa do paralítico.

Quando esses líderes perguntaram-lhe, “com que poder, ou em nome de quem”, o milagre foi feito, Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu-lhes com tanta convicção e poder que eles se maravilharam de sua ousadia. Ele declarou: “Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dos mortos, em nome desse é que este está são diante de vós”. E quando ele e João foram mandados por aqueles sumo sacerdotes iníquos, cujas mãos se achavam manchadas do sangue do seu amado Senhor, “que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus”.Pedro declarou: “Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; por que não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”. (Atos 4:5-22, também Atos 5:28-29)

O que havia acontecido a Pedro? Lá não se achava o fraco Pedro, cheio de medo, que havia negado o seu Senhor com um juramento diabólico e depois se escondido.

Lá se achava um Pedro convertido, cheio do poder do Espírito Santo, desafiando aqueles mesmos homens iníquos que haviam crucificado o Salvador do mundo. Sim, Pedro agora era um homem diferente e permaneceria assim pelo resto de sua vida. Apesar de ser lançado na prisão, perseguido, e finalmente morto, assim como Cristo havia sido, ele nunca mais negou ou abandonou O seu Senhor ou falhou em cumprir suas responsabilidades para apascentar o rebanho do Senhor ou fortalecer seus irmãos. (Atos 5:17-21, 27-30; Atos 12:1-11). Veja também suas mensagens nos dois livros dele que se acham no Novo Testamento. (É geralmente aceito que Pedro morreu em Roma durante as perseguições de Nero entre 64 e 67 a.D.).

O que é que podemos aprender desta historia de Pedro e de sua conversão? E porque é que ela é tão comovente e motivadora para nós nestes últimos dias de preparação para o retorno do Senhor? Será que somos verdadeiramente convertidos ao Senhor Jesus Cristo? Ou temos apenas um testemunho, e professamos um amor que realmente não existe ainda?

Não há dúvida nenhuma de que um dia cada um de nós terá a oportunidade de ter sua própria entrevista pessoal com o Salvador. E que nesta ocasião, também, possamos declarar nosso real amor por Ele.


Quais são as coisas de nossas vidas que o Senhor terá em Suas mãos, ou as quais Ele apontará, perguntará, assim como Ele fez com Pedro e os peixes: Amas-me mais que estes ou do que isto? Quais são as coisas que atrapalham ou impedem nosso trabalho e que não nos permitem gozar da plenitude do Espírito cada dia? O que é que deixamos ocupar nossas mentes e tirar nosso desejo? Que tal nossas promessas de fazer ou não fazer certas coisas? Ou que tal nossos convênios de amar, servir, e dar nossas vidas ao Senhor?

Eu amo Pedro por ter-me mostrado que um homem simples, um pescador, pode se tornar um poderoso homem de Deus através do processo de conversão. Amo o Senhor Jesus Cristo, meu Salvador e meu Redentor, e sou grato pelo privilégio que Ele tem me dado de estar aqui neste tempo.

Sei que chegará o dia quando terei o privilégio de estar na presença Dele para ter minha entrevista pessoal com Ele, e quero com todo o meu coração poder naquele dia declarar a Ele como Pedro declarou: Senhor, Tu sabes tudo; Tu sabes que eu te amo.

Que Deus nos abençoe com a fé e a vontade necessárias para nos convertermos completamente ao Salvador, seguindo o exemplo de Pedro! Que possamos ser fiéis, que possamos achar alegria nesta vida e a vida eterna com Ele!

Esta é minha sincera oração, e minha mensagem à vocês hoje,que deixo no sagrado nome de Jesus Cristo. Amém!

Preparado por Lennis M. Knighton - Presidente Missão Brasil Rio de Janeiro, Dezembro 1989.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O Executivo e o Pescador

Fonte: http://www.alaska-in-pictures.com/
“Um executivo de férias na praia observava um pescador sobre uma pedra fisgando alguns peixes com equipamentos bastante rudimentares: linha de mão, anzol simples, chumbo e iscas naturais.

O executivo chega perto e diz:

- Bom dia, meu amigo, posso me sentar e observar?

O pescador:

- Tudo bem, doutor.

O executivo:

- Poderia lhe dar uma sugestão sobre a pesca?

- Como assim? - Respondeu o pescador.

- Se você me permite, eu não sou pescador, mas sou executivo de uma multinacional muito famosa e meu trabalho é melhorar a eficiência da fábrica, otimizando recursos, reduzindo preços, enfim, melhorando a qualidade dos nossos produtos. Sou um expert nessa área e fiz vários cursos no exterior sobre isto - disse o executivo, entusiasmado com sua profissão.

- Pois não, doutor, o que qui o senhor qué sugeri? - Perguntou calmamente o pescador.

- Olha, estive observando o que você faz. Você poderia ganhar dinheiro com isso. Vamos pensar juntos. Se você pudesse comprar uma vara de pescar com molinete, poderia arremessar sua isca para mais longe, assim pescaria peixes maiores, certo? Depois disso, você poderia treinar seu filho para fazer este trabalho para você. Quando ele se sentisse preparado, você poderia comprar um barco motorizado com uma boa rede para pescar uma quantidade maior e ainda vender para as cooperativas existentes nos grandes centros. Depois, você poderia comprar um caminhão para transportar os peixes diretamente, sem os intermediários, reduzindo sensivelmente o preço para o usuário final e aumentando também a sua margem de lucro. Além disso, você poderia ir para um grande centro para distribuir melhor o seu produto para os grandes supermercados e peixarias. Já pensou no dinheiro que poderia ganhar? Aí você poderia vir para cá como eu vim, descansar e curtir essa paz, este silêncio da praia, esta brisa gostosa...

- Mas isso eu já tenho hoje! - respondeu o pescador, olhando fixamente para o mar.”


Fonte: "Criando o seu Futuro de Sucesso" - Renato Hirata - Ed. Gente.

Uma Grande Burrice

Fonte: http://isaacwood.blogspot.com.br/
Caminhavam dois burros, um com uma carga de açúcar, outro com uma carga de esponjas.

Dizia o primeiro:

- Caminhemos com cuidado, porque a estrada é perigosa.

O outro arguiu:

- Onde está o perigo? Basta andarmos pelo rastro dos que hoje passaram por aqui.

- Nem sempre é assim. Onde passa um, pode não passar outro.

- Que burrice! Eu sei viver, gabo-me disso, e minha ciência toda se resume em só imitar o que os outros fazem.

- Nem sempre é assim, nem sempre é assim... continuou a filosofar o primeiro.

Nisto alcançaram o rio, cuja ponte caíra na véspera.

- E agora?

- Agora é passar a vau.

O burro de açúcar meteu-se na correnteza e, como a carga ia se dissolvendo ao contato da água, conseguiu sem dificuldade pôr pé na margem oposta.

O burro da esponja, fiel às suas idéias, pensou consigo:

- Se ele passou, passarei também - e lançou-se ao rio.

Mas sua carga, em vez de esvair-se como a do primeiro, cresceu de peso a tal ponto que o pobre tolo foi ao fundo.

- Bem dizia eu! Não basta querer imitar, é preciso poder imitar - comentou o outro.


Fonte: Fábulas - Monteiro Lobato - Editora Brasiliense.

A Coragem de Experimentar...

Fonte: http://www.digital-images.net/
Um rei submeteu sua corte à prova para preencher um cargo importante. Um grande número de homens poderosos e sábios reuniu-se ao redor do monarca.

"Ó vós, sábios", disse o rei, "eu tenho um problema e quero ver qual de vós tem condições de resolvê-lo."

Ele conduziu os homens a uma porta enorme, maior do que qualquer outra por eles já vista.

O rei esclareceu:

"Aqui vedes a maior e mais pesada porta de meu reino. Quem dentre vós pode abri-la?

"Alguns dos cortesãos simplesmente balançaram a cabeça. Outros, contados entre os sábios, olharam a porta mais de perto, mas reconheceram não ter capacidade de fazê-lo.

Tendo escutado o parecer dos sábios, o restante da corte concordou que o problema era difícil demais para ser resolvido. Somente um único vizir aproximou-se da porta.

Ele examinou-a com os olhos e os dedos, tentou movê-la de muitas maneiras e, finalmente, puxou-a com força. E a porta abriu-se.

Ela tinha estado apenas encostada, não completamente fechada, e as únicas coisas necessárias para abri-la eram a disposição de reconhecer tal fato e a coragem de agir com audácia.

O rei disse: "Tu receberás a posição na corte, pois não confias apenas naquilo que vês ou ouves; tu colocas em ação tuas próprias faculdades e arriscas experimentar."


Fonte: O Mercador e o Papagaio - Histórias orientais como ferramentas em psicoterapia - Nossrat Peseschkian - Papirus Editora.

A Cobiça

Fonte: http://www.cliparthut.com
Uma mulher possuía uma galinha que lhe dava um ovo todo dia. Ela pensava consigo mesma como poderia obter dois ovos por dia ao invés de apenas um, e finalmente, para atingir seu propósito, decidiu dar a galinha ração em dobro.

A partir daquele dia a galinha tornou-se gorda e preguiçosa e nunca mais botou nenhum ovo.

A cobiça vai muito além dela mesma.


Fonte: metaforas.com.br

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A Rebelião Contra o Estômago

Fonte: http://www.blogodorium.com.br
Uma vez um homem sonhou que suas mãos, pés, boca e cérebro começaram todos a se rebelar contra estômago.

- Sua lesma imprestável! - as mãos disseram - Nós trabalhamos o dia inteiro, serrando, martelando, levantando e carregando. De noite estamos cobertas de bolhas e arranhões, nossas juntas doem e ficamos cheias de sujeira. Enquanto isso, você só fica aí sentado, pegando a comida toda!

- Nós concordamos! - gritaram os pés - Pense só como nos desgastamos, andando para lá e para cá o dia inteiro. E só fica se entupindo, seu porco ganancioso, cada vez mais pesado para a gente carregar.

- Isso mesmo! - choramingou a boca - De onde você pensa que vem toda a comida que você tanto ama? Eu é que tenho que mastigar tudo; e logo que termino, você suga tudo aí para baixo, só para você. Você acha que isso é justo?

- E eu? - gritou o cérebro - Você acha que é fácil ficar aqui em cima, tendo que pensar de onde vai vir a sua próxima refeição? E ainda por cima, não ganho nada pelas minhas dores todas.

Uma por uma, as partes do corpo aderiram às reclamações contra o estômago, que não disse coisa alguma.

- Tenho uma ideia - o cérebro finalmente anunciou. - Vamos todos nos rebelar contra essa barriga preguiçosa e parar de trabalhar para ela.

- Soberba ideia! - todos os outros membros e órgãos concordam - Vamos lhe ensinar como nós somos importantes, seu porco. Assim, talvez você também acabe fazendo algum trabalho.

E todos pararam de trabalhar. As mãos se recusaram a levantar ou carregar coisas. Os pés se recusaram a andar. A boca prometeu não mastigar nem engolir nem um bocadinho. E o cérebro jurou que não teria mais nenhuma ideia brilhante. No começo, o estômago roncou um pouco, como sempre fazia quando estava com fome. Mas depois ficou quieto.

Nesse ponto, para surpresa do homem que sonhava, ele descobriu que não conseguia andar. Não conseguia segurar nada nas mãos. Não conseguia nem abrir a boca. E de repente, começou a se sentir bem doente.

O sonho pareceu durar vários dias. A cada dia que passava, o homem se sentia cada vez pior.

- É melhor que essa rebelião não dure muito - ele pensou - senão vou morrer de inanição.

Enquanto isso, mãos, pés, boca e cérebro só ficavam à toa, cada vez mais fracos. No início, se agitavam só um pouquinho, para escarnecer do estômago de vez em quando; mas pouco depois não tinham mais energia nem para isso.

Por fim, o homem ouviu uma vozinha fraca vinda da direção dos pés.

- Pode ser que estivéssemos enganados - eles diziam. - Talvez o estômago estivesse trabalhando o tempo todo, ao jeito dele.

- Estava pensando a mesma coisa - murmurou o cérebro. - É verdade que ele fica pegando a comida toda. Mas parece que ele manda a maior parte de volta para nós.

- Devemos admitir nosso erro - disse aboca. - O estômago tem tanto trabalho a fazer quanto as mãos, os pés, o cérebro e os dentes.

- Então, vamos todos voltar ao trabalho - gritaram juntos. E, nisso, o homem acordou.

Para seu alívio, descobriu que os pés estavam andando de novo. As mãos seguravam, a boca mastigava e o cérebro agora conseguia pensar com clareza. Começou a se sentir muito melhor.

- Bem, eis aí uma lição para mim ... enquanto enchia o estômago de leite e pão com manteiga, de manhã. - Ou funcionamos todos juntos, ou nada funciona mesmo.


Fonte: metaforas.com.br

A História do Peixinho

Quantos de nós não" matamos" todos os dias as ideias,
os conselhos, as opiniões, apenas porque não queremos
 mudar a forma com que estamos acostumados a viver e a agir?
Era uma vez, um lindo aquário, enorme, onde havia muitos peixes de vários tipos e tamanhos.

Na parte de cima do aquário estavam os peixes maiores, pois quando a comida caía na água eram os primeiros a comer.

Então os peixes de cima estavam sempre satisfeitos, nunca lhes faltava comida.

Na parte intermediária estavam os peixes de porte médio, havia para eles muita comida ainda, que os grandes peixes da parte de cima não comiam, mas não tinha tanta comida assim para que pudessem ficar grandes.

Na parte de baixo estavam os pequenos peixes. A comida que eles tinham para comer mal dava para deixá-los vivos, pois era a sobra dos peixes de cima.

No meio desse ambiente nasceu um pequeno peixe. Ele não se conformava com aquela situação, e começou a nadar pelo aquário, foi quando encontrou um pequeno buraco e ficou pensando onde aquele buraco iria levá-lo. Tinha uma grande esperança de mudar aquele quadro onde nasceu. O pequeno peixe então resolveu passar pelo buraco e ver onde ia parar.

Encontrou um fio de água que o levou para um ralo, do ralo caiu em um encanamento, e foi parar em um rio. Observou aquele lugar e viu que era maravilhoso, não faltava comida, tinha espaço suficiente para nadar e ir onde quisesse. Mas o pequeno peixe pensou em seus amigos do aquário e resolveu voltar para falar a respeito do lugar maravilhoso que encontrou.

Voltou ao aquário e começou a falar com todos sobre o lugar maravilhoso que havia encontrado. Todos os peixes ficaram curiosos e questionaram o que deveriam fazer para chegar a esse local. Foi quando o peixinho falou:

Os peixes grandes da parte de cima, deverão mudar de lugar, terão que vir para a parte de baixo, para perder peso e assim poder passar pelo pequeno buraco. Os peixes da região intermediária, deverão se alimentar menos, para perder um pouco de peso também. E os peixes de baixo, deverão se alimentar um pouco mais para obter forças para seguir viagem.

A confusão dentro do aquário começou, muita discussão, muita discórdia, e começaram a se revoltar contra o pequeno peixe. Depois de muita briga os peixes tomaram uma decisão, resolveram matar o peixinho que havia causado tanto transtorno àquele lugar.

Conclusão: Quantos de nós não" matamos" todos os dias as ideias, os conselhos, as opiniões, apenas porque não queremos mudar a forma com que estamos acostumados a viver e a agir? Até quando nossas resistências irão nos impedir de conhecer as coisas maravilhosas que estão apenas à espera de um pouco de humildade? Pense no quanto você tem sido resistente com a sua vida...


Autor desconhecido